Imperatriz
Beco feito em vã muralha
Costas voltadas à saída
Vê-se arder em lume brando
Silêncio de mulher traída
Fez-se ao longe por fazer
Rapaz rasgado, Homem à pressa
Que hiperboliza o eufemismo
Nem cumpre os crimes que confessa
Escravo de uma vontade cega
De ser outrém, ser mais vazio
Aberto às espadas de quem olha
E apedreja o corpo deste rio
Hasteia-se que nem bandeira
De um império qualquer sem imperador algum
Cercado a paredes com quem partilha a dor
O caminho é sempre certo se o destino é nenhum
Aperalta-se tal que macho alfa
E chove a potes que nem menina
(sabe que Homem de barba na benta não chora,
Só se tranveste e tapa a voz com surdina)
Sabe que a noite corre que nem criança
E a coisa do amor é manta fina
Abre a janela sem se dar à varanda
Estende seu horizonte dos olhos ao pés da cama
Fecha-se a 6 chaves, guarda uma por precaução
Dá-se nem que expulso de si próprio
A quem lhe arrancou o mar arenoso da mão
Costas voltadas à saída
Vê-se arder em lume brando
Silêncio de mulher traída
Fez-se ao longe por fazer
Rapaz rasgado, Homem à pressa
Que hiperboliza o eufemismo
Nem cumpre os crimes que confessa
Escravo de uma vontade cega
De ser outrém, ser mais vazio
Aberto às espadas de quem olha
E apedreja o corpo deste rio
Hasteia-se que nem bandeira
De um império qualquer sem imperador algum
Cercado a paredes com quem partilha a dor
O caminho é sempre certo se o destino é nenhum
Aperalta-se tal que macho alfa
E chove a potes que nem menina
(sabe que Homem de barba na benta não chora,
Só se tranveste e tapa a voz com surdina)
Sabe que a noite corre que nem criança
E a coisa do amor é manta fina
Abre a janela sem se dar à varanda
Estende seu horizonte dos olhos ao pés da cama
Fecha-se a 6 chaves, guarda uma por precaução
Dá-se nem que expulso de si próprio
A quem lhe arrancou o mar arenoso da mão
f.c., 2017
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